18 de ago. de 2011

Lições do Maná

Maná é presente de Deus.

Quando o Senhor chamou Moisés para ser o libertador do seu povo, no Egito, Deus sabia que em todos os sentidos teria que suprir as necessidades de Israel até que eles chegassem ao destino final: a Terra Santa.

Durante os 40 anos que o povo vagou no deserto, nem mesmo com roupas e sandálias eles precisaram se preocupar. Deus cuida dos mínimos detalhes!
Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. - Deuteronômio 8:4
Em meio a um lugar seco e inóspito, como é o deserto que hoje conhecemos como Saara, Deus também proveu água diversas vezes. Eis um dos exemplos:
Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel. - Êxodo 17:6
Em regiões desérticas, é comum que haja uma disparidade entre a temperatura diurna e noturna. Durante o dia, no deserto de Saara, já se pôde medir temperaturas como 58ºC. Já pela noite, os termômetros podem baixar para medidas negativas! Imagine cerca de 3 milhões e meio de pessoas derretendo sob o sol de dia, e tremendo de frio à noite...
Até nisso Deus foi fiel. Durante o dia, sua nuvem pousava sobre o povo - ou "caminhava" junto com ele - para amenizar seu calor. À noite, uma coluna de fogo cercava Israel, protegendo contra o frio.
Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite. - Êxodo 13:22
A história do êxodo desse povo é fascinante, mas nada é tão profundo quando o significado do Maná. Mesmo com o maravilhoso livramento da escravidão do Egito e a milagrosa travessia pelo Mar Vermelho, o povo de Israel começou a murmurar por falta de alimento, alegando que seria melhor morrer de fome no Egito. A despeito da ingratidão do povo, esta foi a resposta do Senhor:
Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia. - Êxodo 16:4
Vez em quando me deparo comparando alguma situação da minha vida ao maná. De todas as reflexões que se pode extrair dessa história de provisão, destaco aqui três delas:
  • Fé - O maná era uma coisa miúda, redonda, como a geada sobre a terra, com sabor de mel (detalhes em Êxodo 16), e era encontrado pelo povo todas as manhãs. Nunca houve falta de maná, e o povo era instruído a colher apenas aquilo que pudesse comer. No primeiro dia, mesma sob orientação de Moisés, Israel insistiu em guardar para o dia seguinte. Na outra manhã, viram que o alimento havia criado bichos e cheirava mal.
    É necessário crer que o o Senhor proverá tudo de que necessitamos a cada dia. As pessoas serão mais felizes quando compreenderem que seus esforços não podem acelerar em nada a mão do Senhor. Precisamos aprender a sermos gratos pelo maná de hoje, e comê-lo hoje, confiando que é Deus quem cuida do amanhã.
    Fé é algo básico e muito difícil, mas tente se exercitar em não querer "estocar" bênçãos. Nosso Deus é provedor.
  • Descanso - Há uma peculiaridade interessante a respeito do maná. Ele não aparecia aos sábados. Esse foi o dia escolhido pelo Senhor para ser santificado a Ele. No sábado, ninguém deveria trabalhar, era dia de repouso, o "santo" sábado. O maná referente a esse dia vinha na sexta-feira. E, incrivelmente, ao ser guardado, esse não estragava!
    Deus não nos pede para fazer algo que Ele não tenha feito primeiro. Nessa situação não é diferente. Assim como ao 7º dia da Criação do Mundo, Deus santificou e estabeleceu o descanso.
    No primeiro sábado desde o início da descida do maná, o povo saiu a colher e não encontrou nada. Da mesma forma, nós não podemos mudar o que Deus já estabeleceu.
    Mesmo com rotinas intensas, devemos persistir e continuar buscando o descanso. Deus fala maravilhosamente quando paramos para ouvir sua voz e nada mais. E, além do repouso físico, acima de tudo, nossa alma deve descansar no Senhor.
  • Testemunho - Deus ordenou a Moisés que separasse uma porção de maná e o guardasse na Arca do Testemunho. O objetivo era que as gerações seguintes conhecessem "pessoalmente" o milagre e a forma como Deus sustentou o povo no deserto por 40 anos. O maná guardado ali não se estragou, mesmo com o passar de anos, porque foi abençoado por Deus para ser instrumento de testemunho.
    Nós temos memória fraca para algumas coisas essenciais. Não falo de datas comemorativas ou aniversários importantes, mas da nossa fraqueza em perceber e lembrar das bênçãos que o Senhor nos concede. Tente pensar no último livramento pelo qual você passou... Com certeza já aconteceu, mas nós raramente percebemos. Uma proposta mais fácil: pense no dia de hoje: Você já se alimentou? Consegue respirar? Sua casa estava intacta quando você acordou? E o dia em que você aceitou a Jesus? Isso está bem vivo em sua memória?
    Guarde o maná que você recebe, e não hesite em mostrar a outros o que Deus já fez por você. Um testemunho é capaz de tocar as pessoas profundamente. Não falo só do testemunho de púlpito, mas do tipo de vida que se leva. Mostre às pessoas o maná que você come!
A palavra de Deus é insubstituível, mas o objetivo deste blog é que você também encontre maná para sua alma aqui.

Nesta página encontrei uma reflexão interessante sobre milagres no deserto... Confira!

Que Deus te abençoe!
Aproveite o maná de hoje!